Na última quarta-feira, 10, foi lançada na plataforma de streaming da Netflix a terceira e última temporada de “Locke & Key”, adaptação para as telas da história em quadrinhos que recebe o mesmo nome.
Atenção! Essa crítica pode conter alguns spoilers caso você ainda não tenha terminado a série.
Para quem não sabe, “Locke & Key” é uma série de televisão norte-americana desenvolvida por Carlton Cuse, Meredith Averill e Aron Eli Coleite para a Netflix, baseado na série de histórias em quadrinhos de mesmo nome de Joe Hill e Gabriel Rodriguez.
Depois que o pai da família, Rendell Locke (Bill Heck ), é assassinado pelas mãos do ex-aluno Sam Lesser (Thomas Mitchell Barnet), sua esposa Nina (Darby Stanchfield) é forçada a se mudar com seus três filhos Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode (Jackson Robert Scott) de Seattle para Matheson, Massachusetts, e morar na casa da família de Rendell, Keyhouse. As crianças logo descobrem uma série de chaves misteriosas em toda a casa que podem ser usadas para abrir várias portas de maneira mágica. Porém, junto com a magia vem uma entidade demoníaca, que também está procurando as chaves para seus próprios interesses.
A última temporada, que contou com oito episódios com ritmos muitos bons, se dá início 2 meses depois do final da segunda temporada, quando Tyler, filho mais velho da família Locke, resolve viajar por tempo indeterminado depois da morte de sua então namorada, Jackie (Genevieve Kang), que morreu depois de Tyler usar uma chave de criação própria para matar um dos demônios que entrou no corpo dela. Com sua partida, Tyler também aceita o fato de que ao completar 18 anos (ele tem 17) irá esquecer de toda a magia que existe na família.


Reprodução: Locke & Key Brasil / Netflix. Cena da terceira e última temporada da série
Com a situação aparentemente tranquila e a sensação de terem voltado a ter uma vida normal, a família Locke se prepara para o casamento do tio, Duncan (Aaron Ashmore), que acontecerá no jardim da casa. Acontece que no dia do casamento Bode, o filho mais novo da família, descobre uma nova chave, que possibilita a volta ao tempo. Mas, assim como com as outras chaves, junto com a magia vem alguns perigos, e com a chave do tempo Bode volta para uma luta que envolvia Gabe (Griffin Gluck)/Dodge (Laysla de Oliveira) e Eden (Hallea Jones) e, quando está voltando ao presente acaba sendo perseguido por Dodge e a partir daí a família Locke tem de enfrentar antigos inimigos e novos também, com a chegada do Capitão Frederick Gideon, que quer as chaves de volta.


Reprodução: Locke & Key Brasil / Netflix. Connor Jessup, Darby Stanchfield, Emilia Jones, Jackson Robert Scott e Coby Bird em cena da última temporada


Reprodução Locke & Key Brasil / Netflix.
Mesmo com novas chaves e novas histórias, a última temporada ganhou um enredo onde as cenas são bem amarradas umas nas outras, sem deixar falhas pelo caminho, e foi aos poucos encerrando histórias, algumas iniciadas nas duas primeiras temporadas, de uma forma clara, sólida e que não deixou a desejar, e outras apresentadas e contadas de forma clara e sucinta, de forma que o público pudesse entender o que viria pela frente.
E se estamos falando de “Locke & Key” estamos falando de efeitos especiais e cenas de ação que foram, mais uma vez, impecáveis. Junto com elas também temos que mencionar a fotografia da série que ajuda a passar toda a magia e encanto criado para os olhos do público não deixa a desejar, fazendo com que quem esteja assistindo não tire os olhos da tela. Além da fotografia, a produção e direção da série foram outros dois pontos que ajudaram a criar um universo ainda mais mágico e fantabuloso para o público.


Reprodução: Locke & Key Brasil / Netflix. Emilia Jones e Connor Jessup em cena da última temporada
Com um elenco incrível, que passa uma grande química e faz você esquecer que eles são “apenas” personagens, a terceira temporada pode ter passado a sensação de ter acontecido de uma forma acelerada, porém seus episódios foram todos muito bem amarrados, sem enrolar ou arrastar nenhuma história, dando um final sólido para cada personagem e situação. “Locke & Key” pode não ter recebido a divulgação que merecia, mas não deixou de ser uma série com um enredo curioso, que prende seus espectadores do início ao fim, dando as respostas nos momentos certos e criando plot twists muito inteligentes. A série pode ter deixado os fãs com saudades de novas aventuras, mas teve um encerramento sólido e posiivo.