Current Date:fevereiro 18, 2025

Jennette McCurdy lança seu livro, “I’m Glad My Mom Died”, sobre relação conturbada com a mãe

Em seu novo livro de memórias, I’m Glad My Mom Died, Jennette McCurdy detalha o abuso emocional e físico sofrido durante toda a infância até a morte de sua mãe em 2013 por câncer.

Jennette relata momentos íntimos e vulneraveis na relação com sua mãe, como quando a atriz estava em sua pré-adolescência e começou a desenvolver seios, conta que se preocupou que sua mãe não a amaria tanto se ela envelhecesse, porque Debra (sua mãe) “muitas vezes chorava e me abraçava muito forte dizendo que só quer que eu continue pequena e jovem”. E no momento que ela expressou seus medos de crescer com sua mãe, ela diz que Debra tinha uma solução: restrição calórica.

“Começo a encolher a cada semana enquanto mamãe e eu nos juntamos para contar nossas calorias todas as noites e planejar nossas refeições para o dia seguinte. Estávamosmos me mantendo em uma dieta de 1.000 calorias, mas tenho a ideia de que, se eu apenas comer metade da minha comida, estarei recebendo apenas metade das calorias, o que significa que estarei encolhendo duas vezes mais rápido”

A partir dessa dieta, um médico expressou preocupação de que Jennette pudesse ser anoréxica, Jennette diz que Debra negou saber sobre uma mudança nos hábitos alimentares de sua filha. A perda de peso foi tão extrema que, aos 14 anos, Jennette ainda estava sentada em um assento elevatório no carro.

Quando Jennette finalmente conseguiu seu papel em iCarly, sua mãe continuou a monitorar sua ingestão de alimentos, mas menos do que o habitual “Uma parte de mim se perguntava se mamãe estava apoiando minhas refeições um pouco mais porque Miranda e Nathan tomavam café da manhã e almoçavam conosco e poderia parecer estranho se eu não fizer isso. Mas eu não pergunto a ela. Eu apenas deixo acontecer.” relata a ex-atriz.

“A fama colocou uma barreira entre minha mãe e eu que eu não achava possível. Ela queria a fama. E eu queria que ela tivesse. Eu queria que ela fosse feliz. Mas agora que tenho, eu percebo que ela estava feliz e eu não. A felicidade dela veio às custas da minha. Eu me sinto roubada e explorada. Às vezes olhava para ela e simplesmente a odiava. E então eu me odeio por sentir isso.”

Quando Jennette saiu em turnê para divulgar seus trabalhos na música, Debra não pôde ir porque seu câncer havia retornado e ela estava em tratamento.

“Sintia-me livre. Era até capaz de tomar banho. Percebi pela primeira vez como era exaustivo constantemente curar minhas tendências, respostas, pensamentos e ações naturais em qualquer versão que mamãe mais gostaria”, Jennette, na época havia parado de limitar suas calorias, escreve. “Sem ela por perto, eu não precisava daquilo. Eu sentia falta dela profundamente, e meu coração dói pelo que ela estava passando, e eu certamente sinto muita culpa pela tranquilidade que sinto hoje em dia, mas essa tranquilidade é inegável.”

Seu novo livro, I’m Glad My Mom Died, com esses e outros relatos já está disponível para vendas em sua versão original, mas ainda não há previsão de lançamento no Brasil.