Current Date:setembro 19, 2024

OFF ENTREVISTA: Carol Biazin fala sobre o single “Suas Linhas”, busca de identidade, êxito na carreira e produção de seu primeiro álbum

A cantora ainda enviou um recadinho especial para os fãs. Confira a entrevista completa!

Carol Biazin é um dos nomes mais queridinhos do Brasil. A paranaense, que ganhou projeção nacional em 2017 ao participar e ser finalista do reality musical The Voice Brasil, conquistou o coração de um público fiel durante a sua passagem pelo programa da Rede Globo e se tornou uma das artistas mais adoradas pelos jovens.

Com apenas 22 anos, a cantora mantém um fandom engajado e busca obter cada vez mais espaço e reconhecimento no cenário musical, além de já ter se tornado destaque no mundo online, onde acumula mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, 43 milhões de visualizações em seu canal do Youtube e milhares de ouvintes nas plataformas de streaming.

Tendo a música correndo por suas veias desde muito cedo, Carol Biazin é considerada uma artista completa, canta, compõe e toca diversos instrumentos (violão, banjo, teclado, gaita de boca, ukulelê e escaleta). Com uma carreira recente, mas bem sucedida, a jovem já conta com diversas canções autorais, entre elas estão Talvez e Não vai. Neste ano, Carol lançou seu novo EP S, projeto realizado através de uma campanha de um financiamento coletivo, que conta com quatro faixas e participação de Luccas Carlos. O mini-disco foi mais um êxito na trajetória da artista.

Recentemente, batemos um papo com a Carol Biazin sobre seu novo single, Suas Linhas, relação com a música, preparação para o seu primeiro álbum e muito mais! Confira a entrevista completa:


OFF: Recentemente você lançou Suas Linhas como single. Por que a escolha dessa faixa?

Carol Biazin: Vários fatores ajudaram ela a ser o segundo e último single do meu EP. Um deles foi o fato de o público estar querendo e pedindo bastante Sua Linhas para ser o próximo single. Eles queriam muito um clipe e essa música também era a minha preferida do EP. Eu não queria deixar ela só com o áudio e não ter mais nada para conseguir levar essa faixa para outras pessoas, então esses dois fatores me influenciaram muito. Tanto eu quanto as pessoas que trabalham comigo, todo mundo entrou no consenso e disse “cara, tem que ter clipe de Suas Linhas sim e vamos nessa!”.

OFF: Apesar de ser inspirada no seu relacionamento, o vídeo da canção prioriza a sua performance ao vivo, o contato com o público. Como foi a produção do clipe de Suas Linhas?

CB: A ideia do clipe era de ser bem descontraído mesmo. Essa é uma música que a gente relutou pensando se ia gravar o vídeo dela ou não. Como vimos que o público estava pedindo muito, continuava ouvindo e gostando da faixa resolvemos relançar como single fora do EP e fazer esse clipe todo descontraído. A gente teve dois dias para produzir, porque o show já estava marcado em São Paulo, então fizemos tudo na correria, mas rolou, deu muito certo, foi tudo natural e suave de gravar, o público super comprou a ideia. Foi meio que se divertir ali no palco naquela hora, como se fosse um show mesmo e esquecer que estavam filmando um vídeo, acredito que foi esse o grande segredo (risos).

OFF: Como está sendo a recepção da música, agora que ela está sendo impulsionada com o videoclipe?

CB: É muito massa ver como as pessoas se importam com a imagem, como os clipes estão tomando uma proporção muito bizarra no meio da indústria da música e o quanto Suas Linhas cresceu ainda mais depois do vídeo. Mesmo sendo muito simples, a galera comprou a ideia e as visualizações estão crescendo, achei muito legal isso. Consegui uns contatos com uma galera muito bacana do meio da música que veio a me reconhecer e disse “pô, que música f*da!”. Eu sou imensamente grata por essa canção existir e por ter resolvido fazer o videoclipe dela.

OFF: Suas Linhas faz parte do seu primeiro EP S, que foi lançado no começo do ano. O nome do EP veio do fato de que todas as faixas começam com a letra “s”. Como foi criado esse conceito e como foi a produção desse projeto?

CB: Assim como o clipe de Suas Linhas, o conceito da letra ‘S’ veio de uma forma muito natural. A maioria das faixas já estavam pré-criadas, o violão estava pronto e tudo mais, eu tinha alguns nomes na minha cabeça e quando paramos para decidir o nome para a capa, conversamos “vai ser só Carol Biazin? Como que vai ser? Já escolheu uma faixa que represente?”. De fato, a gente escolheria Suas Linhas para ser o título do álbum, porém quando vimos as quatro músicas eram com ‘S’, então eu falei “mano, é esse o nome! É um S!” e ficou por isso. Não existe nenhum conceito além, tipo o ‘S’ representa isso ou aquilo. O ‘S’ significa o projeto inteiro e acredito que é um pouco estético também da minha parte.

OFF: O EP foi produzido graças a uma campanha de financiamento coletivo. Você esperava que o público fosse abraçar mesmo essa causa? Seus fãs são muito fiéis!

CB: Cara, sim! O meu EP, o que me fez fazer esse trabalho foi o financiamento coletivo criado no Catarse. Ficamos durante dois meses tentando arrecadar dinheiro, esse era o período que a gente tinha, e se não conseguíssemos (a quantia da meta), iríamos perder tudo, a grana voltaria para as pessoas. Foi muito louco saber que em menos de um mês já estávamos com o dinheiro arrecadado e mesmo depois disso, a galera continuou apoiando o projeto, a gente conseguiu arrecadar 90 mil reais, então foi uma parada muito f*da para mim. Ver que tanta gente acredita no meu trabalho foi demais, demais, demais ! Poder ter dado vida a uma coisa que estava na minha cabeça, eu nunca imaginei que eu fosse ter um EP, sempre sonhei muito, porém realizar, concretizar isso era algo que estava distante e esse financiamento me ajudou muito nesse quesito e ainda me ajuda. Nós continuamos usando essa grana para investimento, fazemos projetos para investimentos com ela, que é uma quantia que está guardada, queremos pensar bem no que podemos usar. Também assinei com uma gravadora que entrou com um apoio (financeiro), além do Catarse, consegui esse contrato no meio do caminho, então as coisas começaram a andar. Mas muito disso, desde assinar com a gravadora, tudo, com certeza tem muito a ver com esse financiamento.

OFF: Voltando um pouquinho no tempo. Você é muito talentosa, canta, compõe, toca vários instrumentos, como começou a sua relação com a música?

CB: Minha relação com a música começou desde pequena, desde bebê. Minha mãe me levava para o coral de crianças que tinha na igreja quando eu era ainda um bebê de colo. Cresci nesse ambiente apesar de ninguém da minha família ter seguido a profissão fielmente, todo mundo faz por um hobby, porém todos são extremamente talentosos, então vim de um meio bastante musical, que sempre curtiu muita música, em todas as festas familiares tinha que ter música, aquela roda de violão era a diversão de geral e acredito que isso me influenciou muito. Com 8 anos comecei a ter a vontade de entrar em uma aula de violão e meus pais sempre me apoiaram. Fiz essa aula dos 8 aos 13 anos e durante todo esse período ainda não sabia se eu ia cantar ou não, então a partir de uns 10, 11 anos, eu já comecei a querer cantar e tocar, eu queria fazer isso. No final das contas, a minha grande paixão virou o canto e o violão acabou sendo um acompanhamento, que eu me dediquei muito também, eu passava sete horas trancada no quarto quando era criança, não brincava, não era muito de ficar assistindo televisão, ficava lá assistindo vídeos na internet, estudando novos acordes que poderia fazer. Sempre fui muito dedicada no quesito da música mais do que em qualquer coisa na minha vida, sempre me empenhei muito e é isso que faz as pessoas me reconhecerem como instrumentista também, não só como cantora.

OFF: Como é o seu processo de composição? O que te inspira na hora de escrever?

CB: A inspiração é muito variada e depende muito. Geralmente, quando escrevo sozinha sempre busco coisas reais que já vivi, desde um casal que presenciei algo e escrevo uma música baseada nele ou uma coisa que eu mesma experienciei, então sempre são temas muito verdadeiros. Mas as vezes quando estou no estúdio, tem um produtor fazendo um beat e vou compondo em cima disso com mais três, quatro pessoas, tudo influencia desde as referências delas, as minhas, as do produtor, para onde o beat vai te levar, porque ele influencia muito também, assim penso que existem muitos fatores. Quando estou sozinha, sou eu e o violão, tento encontrar uns acordes diferentes para sair do comum e compor uma letra massa que me represente, começo por ela, depois vou colocando a melodia e esse é o processo. Normalmente levo uns dois dias para terminar uma música sozinha, porém em conjunto a gente faz três, quatro por dia e isso é muito massa.

OFF: Você é super jovem e possui uma carreira bem bacana, já é bem sucedida. Quais são os seus sonhos como artista?

CB: O meu sonho como artista é, com certeza, consolidar o meu caminho, que acredito que é uma coisa que já estou fazendo desde quando sai do The Voice. Me fixei na internet por um tempo com covers para manter o público que eu tinha adquirido durante o programa e nunca parei de produzir conteúdo para galera. Mesmo depois que larguei os covers logo no início do ano, o pessoal me apoiou muito, o público que me seguia continuou fazendo muito stream nas minhas músicas.  Então eu me vejo construindo um carreira muito sólida e que vou estar sempre por ali. Tenho muita vontade, penso que todos os artistas do mundo também têm esse desejo, de tocar em rádio e em televisão, fazer sei lá quantos shows no mês e esse é o meu objetivo de vida. Mas acredito que já estou vivendo da música, já me considero uma artista bem sucedida por isso, eu vivo disso. É muito massa saber que tenho 22 anos, isso é o início de tudo e já percebo que estou bem posicionada no mercado. Cada vez mais eu busco furar bolhas e alcançar pessoas diferentes do que estou acostumada a atingir, quero trazer todo mundo, quero que todas as pessoas escutem o que estou fazendo, se elas vão gostar é uma coisa delas (risos), porém essa é a ideia de tudo que eu faço hoje.

OFF: Estamos em novembro, mas ainda temos um tempinho antes do ano acabar. O que podemos esperar de você? Quais são os seus planos para o restinho de 2019 e para 2020?

CB: Meus próximos projetos para 2019 e para 2020 já estão com mais de metade do caminho andado. A gente está conversando sobre o processo de clipe, criatividade, a parte criativa da construção da imagem. Eu, como disse, quero furar uma bolha, quero chegar em outras pessoas da forma como sou, então estou trabalhando nessa construção de uma imagem, ela ainda está em processo. As músicas estão incríveis, do jeitinho que sempre sonhei, todas elas estão com cara de show que é o que eu sempre quis fazer, um álbum inteiro com jeito de show, que eu fosse chegar lá e todo mundo fosse cantar todas as canções de uma forma louca, e é isso que estou fazendo, quero construir esse trabalho sólido. Nós ainda não temos previsão para lançamento em 2019, a ideia é divulgar um single até o final do ano, no entanto como não dá para colocar um prazo final nesse processo criativo, tentar colocar uma data, porque isso acaba atrapalhando um pouco, a gente vai fazendo da forma mais tranquila e natural que vem surgindo, e correndo atrás ao mesmo tempo, um corre de um lado, outro corre de outro e é o tempo inteiro falando sobre isso. Então nós estamos fazendo de tudo para que isso (o single) aconteça neste ano, mas se não acontecer vai ser no início de 2020 para a gente chegar com os dois pés no peito de todo mundo, de uma forma boa é claro (risos), e surpreender, quero surpreender a galera com esse novo trabalho e que seja assim para sempre!

OFF: Então podemos esperar o seu primeiro álbum em breve?

CB: Sim! 2020 é o ano de lançamento de álbum! Quero fazer isso até para aumentar repertório e porque também tem muita música. Eu preciso juntar tudo, todas fazem muito sentido juntas e está na hora de unir tudo isso e criar uma obra de arte incrível junto com a galera da Head Media, junto com outros compositores. Também quero poder explorar novos lugares, novos sons, tentar fazer a parada ficar cada vez mais Carol, que toda vez que a galera ouvir, fale “pô, isso aqui é muito Carol. 2020 tem álbum sim! A gente espera que tenha umas dez faixas e é o máximo de spoiler que eu posso dar (risos)!

OFF: Sempre terminamos as nossas entrevistas com um recado para o público. Você pode enviar uma mensagem para os seus fãs?

CB: O recado que eu mandaria para os meus fãs é aguardem! Sei que vocês estão ansiosos, eu também estou muito, muito, muito ansiosa para lançar tudo logo. Eu queria que vocês escutassem tudo junto comigo e entendessem como funciona o processo, mas agradeço a paciência de todo mundo pela espera. Podem ter certeza que o negócio vai estar f*da e que vocês não vão se arrepender de ter esperado, assim como não se arrependeram nas outras vezes, esse trabalho vai superar todas as outras coisas que já fiz até então. Um beijo para todo mundo, obrigada pelo carinho, é ‘nóis’!


Continue acompanhando a Carol Biazin:

 Instagram | Facebook | Twitter | Youtube | Spotify


Reportagem: Victória Lopes