Current Date:dezembro 5, 2024

OFF ENTREVISTA: Donatto fala sobre o single “Hype”, parceria com PK e Guiggow, identidade musical e evolução de sua carreira

Confira a nossa conversa com o cantor!

Com apenas 18 anos de idade, Donatto já se destaca no cenário musical. O cantor, compositor e multi-instrumentista ganhou destaque em 2012 ao participar da primeira temporada do programa Ídolos Kids, mas foi no ano seguinte ao integrar o elenco do sucesso do SBT, Chiquititas, que alcançou o estrelato e conquistou seu público.

Sete anos se passaram e agora o curitibano carrega novas perspectivas de vida, objetivos e  busca deixar para trás a faceta de ator mirim. Com um contrato com a Universal Music, Donatto mostrou que não apenas leva jeito com o microfone, mas também possui muita habilidade com o papel e a caneta. Desse modo, o jovem conquistou seu lugar como um dos compositores mais promissores da atualidade. Suas letras já foram cantadas por vozes de destaque no Brasil como Belo, Buchecha, Ludmilla, Mc Zaac, Mc Rebecca e Lexa.

Provando ser um artista versátil, Donatto lançou na semana passada a faixa com influência de rap, Hype, uma parceria com PK e Guiggow. Recentemente, conversamos com o cantor sobre sua nova canção, trajetória artística, trabalho durante a quarentena e planos para o futuro. Confira:  


OFF: Você lançou na última semana a sua nova música de trabalho, Hype.  Qual é a história dessa faixa e como foi a sua criação?

Donatto: Hype foi uma das onze músicas que eu fiz com o Guiggow em três dias, foi a última para ser mais exato. Era uma música que tanto eu quanto ele tínhamos um amor imenso, era tipo a xodozinha. Apresentei ela para o PK, depois de ter trabalhado com ele em Indomável, Quando a Vontade Bater.Umberto Tavares (um dos compositores da canção) também mostrou para ele e desde o momento que o PK escutou, ele quis gravar. Uma curiosidade, o PK era uma pessoa que o Guiggow sempre teve o sonho de fazer uma música junto, quando ele conheceu o PK pela primeira vez, lembro que ele travou na base, ficou “Meu Deus! É o PK. Quando ele gravou Hype, liguei para o Guiggow e falei “então, tenho uma notícia ruim e uma boa” e ele disse “qual?”, “porr@, vou gravar Hype com o PK”, ele respondeu “pô que da hora!”, senti que ele ficou meio desanimado por causa da música, mas estava feliz por mim, eu falei “mas tem a boa”, “qual?”, “quem vai gravar vai ser eu, você e ele!”, o Guiggow ficou feliz de uma maneira esplêndida. Nós íamos lançar Hype no ano passado, porém divulgamos agora, acredito que tudo tem seu momento certo e é uma música que eu sou totalmente apaixonado.

OFF: PK e o Guiggow, são dois nomes conhecidos do rap. Pelo jeito que você se referiu a eles vocês têm uma relação boa. São amigos?

D: Eu e o PK nos conhecemos por causa de trabalho, eu participei das composições de algumas obras dele, como em Quando a Vontade Bater, que foi uma música dele que estourou. Então a gente começou a ter contato, mas mais profissional, atualmente, nós conversamos. O Guiggow é um irmão que eu tenho já faz tempo.

OFF: Como foram as gravações do videoclipe?

D: O videoclipe foi um dos cinco clipes gravados em dois dias, minha vida é muito intensa (risos). Foi uma experiência maravilhosa, desde a hora que os meninos chegaram, nos divertimos bastante. A escolha de gravar no estúdio foi nossa, porque não há nenhum lugar em que gente se solte mais do que no estúdio, é onde a gente ama estar. Foi algo totalmente maravilhoso a gravação quanto o clipe finalizado, achei a energia muito boa! 

OFF: Acompanhando os feedbacks do videoclipe notei vários comentários positivos. O público aprovou bastante Hype, você está curtindo e acompanhando a recepção do single? 

D: Eu ando acompanhando a repercussão, sempre olho os comentários, sempre estou no Instagram conversando com o público, curto ter esse contato próximo com os fãs, amo! Existem muitas pessoas, eu não sei como, que ainda conseguem se ver em um pedestal, tipo artista x fã. Primeiro, nós sem os fãs não somos nada, portanto é muito bom ter essa relação. Você se identifica na hora de compor uma canção, sabe o que as pessoas estão passando, às vezes nós temos muito medo e pensamos que o que vivemos, o outro não passa por isso também, mas eles vivem. Quem nunca teve uma decepção amorosa? Então Hype é uma música totalmente diferente e ela também fala de amor, imagino que o pessoal gostou disso.

OFF: Como está sendo trabalhar, divulgar o novo single neste período de isolamento?

D: Como eu não faço show, não faço turnê, para mim faz parte do cotidiano viver mais no meio digital e a minha agenda só vai ser aberta a partir de julho, portanto está sendo bom. Ando compondo bastante e tendo mais contato com o público, estou sempre conversando com a galera, a todo momento estou divulgando a faixa, faço live cantando ela. Nós não temos a mesma força, pois hoje em dia temos a atenção muito mais dividida, mas faz parte.

OFF: No ano passado, você teve um grande hit que foi a música Só Você, ela já tem mais de 8,5 milhões de visualizações e quase 2 milhões de streams no Spotify. Você esperava que essa música fosse ter todo esse ótimo desempenho? 

D: Eu tenho um problema, eu nunca crio expectativa em relação à música, eu tenho muito medo de me frustrar. Lembro que quando lançamos Só Você, eu comecei a ver as visualizações subindo muito, muito rápido que o número travou, eu fiquei tipo “Meu Deus do Céu! O que tá acontecendo?” , não acreditei. Depois, eu atualizei o meu telefone e Só Você estava em 1° dos vídeos em alta no Youtube, ela ficou o final de semana inteiro em alta, entramos na parada As 50 Virais do Brasil no Spotify. Foi algo que eu realmente não esperava que aconteceria.

OFF: Está na busca por um próximo hit?

D: Eu tenho total noção que quando a gente lança uma música se perde o controle, se ela vai para frente ou não, como foi com Só Você. A gente está trabalhando, tem muita faixa boa, canções, que eu acredito, que vão tocar muitos corações. Se for para ter uma próxima música que vire hit, Deus está preparando tudo no momento certo, tenho muita fé nisso. 

OFF: Você começou a sua carreira super cedo e ganhou notoriedade na primeira temporada do Ídolos Kids em 2012 e posteriormente com Chiquititas, que é um grande sucesso do SBT. Agora, você tem 18 anos, ainda é super jovem, e o público está acompanhando o seu amadurecimento. Como está sendo essa mudança de imagem de um artista mirim para um cantor jovem adulto?

D: Nós tivemos um desafio muito grande com essa transição de ator para cantor.  Conhecemos muitas histórias, você que também está no meio, sabe que existem muitos casos em que isso não deu certo. Então a gente vem de um processo longo de mudança, trabalhando bastante. Penso que está sendo bom, estamos conseguindo quebrar essa barreira, na verdade, conseguimos quebrar ela com Só Você. Acredito que a atuação, hoje em dia, não é mais foco na minha vida, porém é história, gostei muita da experiência e é isso que importa.

OFF: Você também é bastante conhecido por suas composições, tem música gravadas por Ludmilla, Nego do Borel, Kevin o Chris. Como funciona o seu processo de composição? E como você decide quais quer cantar e quais podem servir para outros cantores?

D:  Eu não tenho um processo criativo certo, às vezes crio a música do nada ou estou com algo na cabeço e quero compor. Em relação às músicas que quero gravar, eu tive que aprender a não ter apego, não tenho muito apego de ficar com a canção para mim. Indomável que foi gravada pelo Belo e PK, eu ia cantar com o PK, mas quando o Belo escutou, ele pediu  gravar, como que eu ia ter ciúmes de uma música que o Belo queria gravar? Ele foi uma pessoa que eu cresci escutando. Portanto, aprendi na marra que essa é a vida que eu escolhi, compor. Há algumas músicas que não apresento para ninguém, pois são músicas realmente sentimentais, que me marcam muito, mas de resto não tenho problema nenhum.

OFF: Qual é a sensação de ver artistas de renome cantando as tuas letras?

D: É algo que me satisfaz e me deixa muito bem. A primeira vez que escutei uma composição minha, chorei igual uma criança (risos), porém a gente se acostuma, é muito bom!

OFF: O seu EP de estreia Mixtape foi lançado no fim de 2019, e agora você já está dando sequência ao seu trabalho com Hype. Essa faixa faz parte de um projeto maior? O público pode esperar por um álbum neste ano?

D: Irei deixar no ar, mas vou dar o mínimo spoiler de que vai valer a pena (risos). Tem coisa muito boa chegando, com muito amor, carinho e determinação.

OFF: Não pode confirmar se é um álbum?

D: Por mim, eu já lançava, porém não depende só de mim (risos). Tenho muito vontade de lançar um disco, é o próximo passo, que pode chegar logo, logo.

OFF: Você transita bastante entre gêneros, traz um pouco de pop, de reggae, de rap, é um artista bem versátil. Como você define a sua identidade musical? Pretende optar por apenas um gênero?

D: Vou ser bem sincero, eu não gosto de me prender a um estilo. Acho muito limitado, gosto de fazer canções que me fazem bem, que reflitam o meu momento. Tenho várias músicas estilo anos 80, faço alguns funks, que depois outros artistas gravam, não tenho muito de me fixar em um gênero não. Curto brincar com outros estilos, mas só gosto de trabalhar com os que tenho propriedade.

OFF: Você participou do Festival Música Em Casa da Universal Music, que foi desenvolvido para entreter as pessoas durante essa quarentena devido à pandemia de coronavírus. Como foi essa experiência? E no que você está trabalhando neste período em casa?

D: Eu estou compondo muito, muito mesmo nesse tempo e estou tendo um contato muito bom com os meus fãs, com os meus seguidores. A todo momento estou conversando no direct com eles, abro lives, faço transmissões de madrugada, posto algum pedaço de uma música que ninguém imaginava que eu iria publicar no Instagram e todo mundo fica bravo comigo (risos). Porém está me fazendo bem, tenho total noção que para quem vive de arte, esse é o nosso momento de entreter as pessoas. A galera está ouvindo muita música, assistindo bastante séries, então nós temos uma responsabilidade muito grande de estar mais próximos das pessoas ainda mais nesse momento. Foi uma honra participar do Festival Música Em Casa, gostei muito, o pessoal está bem envolvido nisso, pois está sendo um passatempo. A nossa geração está muito acostumada a sair, eu sou uma pessoa que ama ficar no estúdio, então no início a minha quarentena estava sendo trancado por lá, mas quando senti que as coisas estavam piorando ainda mais, falei “vou ficar em casa”. Agora, eu estou fazendo lives para deixar as pessoas entretidas, mais do que nunca. 

OFF: Atualmente estamos vivendo um momento atípico e conturbado, mas quais são as suas metas para 2020? O que vem por aí?

D: Esses dias eu estava pensando muito nisso, nos meus objetivos para 2020. As minhas únicas metas são: primeiramente, que tudo melhore. Que isso que está acontecendo no mundo melhore, e pretendo lançar as minhas músicas, só isso. Se for para virar (hit) mais alguma canção que seja pela vontade de Deus. Eu apenas desejo que essa situação passe e profissionalmente, eu só quero lançar as minhas faixas. Tem muita música boa que estou esperando há um monte de tempo para divulgar e creio que está chegando o momento.

OFF: Sempre terminamos as nossas entrevistas com um recado para o público. Você pode enviar uma mensagem para os seus fãs? 

D: Posso sim! Óbvio! Eu quero que todo mundo mantenha sempre a fé, porque se você manter sua fé, pode ter o mundo e sempre acredite no lado bom das coisas. Mesmo com tudo isso de ruim que está acontecendo, tenha consciência que uma hora tudo vai melhorar… e escute muito as minhas músicas (risos)!


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Reportagem: Victória Lopes