Um dos maiores guitarristas asiáticos, MIYAVI contou ao OFFSTAGE sobre sua jornada na Agência da ONU para refugiados (em inglês, UNHCR), a influência da atriz Angelina Jolie e como esse é o trabalho – ou missão – da sua vida. Confira:
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[PERGUNTA EXTRA]
OFF: Faz quase 25 anos desde a sua estreia. Com toda essa bagagem, há algo que esse Miyavi, de 2023, ainda carrega do Miyavi de 1999?
MIYAVI: Pergunta muito interessante! Eu ainda tenho a paixão. Toda vez que eu me apresento no palco em frente ao meu público, a explosão de energia continua a mesma. E é o motivo por qual eu iniciei minha carreira. E o que mais? (risos). Eu ainda uso maquiagem, seja como cantor, ator ou no Fashion Week. Eu me inspiro muito nos artistas da cultura japonesa. E para mim, não é sobre maquiagem, e sim como você se expressa, sobre sua atitude, não apenas na música. É como nos expressamos no palco, com todo o seu corpo, assim como os brasileiros se expressam amando festas carnaval. É sobre essa expressão. E é por isso que eu sempre volto para o Brasil, porque eu amo fazer show aqui. É o público mais barulhento do mundo.
Asia Star Festival reúne fãs de quatro países do leste-asiático em SP
Além do K-Pop, gênero expoente da onda sul-coreana, Tailândia, Japão e China também foram representados no line-up de artistas de Pop e Rock.
Como bem sabemos – ou já deveria ser de conhecimento geral – asiático NÃO é “tudo igual”. E o mesmo vale para as produções culturais de cada país de um dos continentes mais distantes do Brasil. É com essa premissa que o Asia Star Festival estreou em sua 1ª edição com um line-up multicultural e seis artistas no palco do Espaço Unimed (São Paulo), no último dia 07. A Coreia do Sul foi representada pelos grupos femininos CLASS:y e TRI.BE, além da banda de K-Indie 2Z; já a China, pelo grupo masculino BOY STORY. De forma inédita no país, a Tailândia marcou presença com o solista Jeff Satur, em contraponto ao showman do J-Rock, Miyavi, figura conhecida no Brasil há mais de uma década. A realização do festival foi da Highway Star.
OPINIÃO – Érica Imenes
Fechando a noite com chave de ouro, muitas partes do setlist nem pareciam um show, porque eu me senti voyeur de momentos do Miyavi com a sua guitarra constantemente. “Isso é real?” era a pergunta que não saía da minha cabeça, e, vendo pela reação de muitas pessoas à minha volta, eu não estava sozinha.
A energia era surreal. Fazendo valer a pena a espera pela sua performance, o multiartista e ativista deixou a experiência de quase 25 anos de carreira falar por si. Só essa experiência de quem faz do palco um lugar tão confortável explica a capacidade do rockstar japonês de reanimar o público, como se fosse uma dose de cafeína direto na veia. Se isso não é a essência mais pura de um artista, eu realmente não sei o que é. Uma dica valiosa: não deixe de ver pelo menos um show do Miyavi na vida, mesmo sem conhecer sua discografia. Vale a pena cada minuto. Após quase um dia inteiro de festa, mal posso esperar pela próxima edição do Asia Star Festival.
- SETLIST DO SHOW
- What’s My Name?
- Horizon
- So On It
- In Crowd
- Bumps in the Night
- Selfish Love -Aishitekure, Aishiteru Kara-
- Secret
- SURVIVE
- Tears on Fire
- Freedom Fighters
- Kimi ni Negai wo
- Subarashikikana, Kono Sekai -WHAT A WONDERFUL WORLD-
- Under the Same Sky
- No Sleep Till Tokyo
- Bang!
- DAY 1
Pauta: Érica Imenes
Cinegrafista: Catarina Walter
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