Com 16 anos de carreira, o cantor Misael recentemente lançou o single Solidão, em parceria com o rapper Krawk. A música é uma junção do trap de São Paulo com o rap de Brasília e conta com produção musical do Beatmaker Blakbone, responsável por alguns dos maiores hits de Krawk. O clipe foi dirigido por Mateus Rigola e conta com participação do Youtuber Toguro.
A faixa chega na sequência do sucesso do clipe de Amor de Balada, e é o quinto lançamento de Misael durante o período de distanciamento social, que tem rendido vários hits, mostrando que ele tem se mantido altamente produtivo criativamente. No início de julho, Misael convidou a cantora estreante Marine para lançar Saudade, que tem uma letra bastante apropriada para o momento de distanciamento que o mundo inteiro enfrenta devido à pandemia.
Em uma conversa com o OFF, Misael compartilhou sobre a colaboração com Krawk, falou da carreira e relembrou sobre ter sido a última parceria de Mr. Catra antes do rapper falecer.
OFF: O que te inspirou a escrever o seu novo single, Solidão? Como foi o processo de escrita?
Misael: A gente queria misturar os dois ritmos, o trap de São Paulo com o rap de Brasília. A nossa inspiração no momento era isso. E sintonia, a gente se conheceu no mesmo dia, eu e o Krawk. A sintonia estava tão boa que o processo da criação, da composição, foi bem fácil, foi bem rápido, saiu em pouco tempo. A gente sentou, e antes tínhamos conversado por bastante tempo. Estávamos nos conhecendo e trocamos várias ideias, começamos a escrever e saiu muito rápido. Acho que foi uma das músicas mais rápidas que a gente escreveu nos últimos dias.
OFF: E como foi fazer essa parceria com o Krawk?
M: Foi algo natural. Acho que era algo que deveria acontecer. Quando as coisas rolam muito bem, assim da forma que aconteceu, parecem que eram para acontecer.
OFF: O clipe de Solidão foi gravado em uma mansão bem luxuosa. Como foram as gravações? Teve algum momento que marcou nos bastidores?
M: Sim, foi em uma das regiões mais famosas do Estado de São Paulo, que é o Guarujá. Para mim, como eu não conhecia a região, foi uma experiência ótima. Era um dos locais que eu ainda não conhecia de São Paulo. Mas falando da mansão, ela também é de um dos caras mais famosos no mundo do YouTube, o Toguro. Para a gente, acho que contou mais não só o luxo da mansão, mas a energia que estava lá, com a galera, com o próprio Toguro, e isso foi o que marcou nos bastidores, a energia.
OFF: Falando em colaborações: você foi a última parceria do Mr. Catra. Pode compartilhar com a gente um pouco de como foi essa experiência?
M: Foi uma experiência única. O Catra… eu conheci ele e tudo o que ele falava era uma aula. Ele era um cara muito inteligente, com bastante experiência na bagagem. No pouco que que aproveitamos ali juntos, conseguimos absorver um pouco da energia que era o Mr. Catra. Infelizmente, gostaria de estar comemorando a música, que ele nem chegou a ouvir. Ele só conseguiu gravar, mas não viu o resultado final do clipe. A gente não conseguiu comemorar os frutos, o lançamento dela. Então é uma tristeza que vou ter que carregar para sempre, infelizmente.
OFF: Você já tem planos para um próximo single ou para algum feat? O que a gente pode esperar para esse final de ano?
M: Então, esse mês teve o som com o Krawk. E para dezembro já preparamos um clipe, é um som com as meninas do trap e também de São Paulo. O grupo delas se chama Hyperanhas, e a gente já tem na nossa lista de final de ano mais um som para a rua.
OFF: Para finalizar, você já conta com 16 anos de trajetória. Como você avalia a sua carreira até agora? Onde você gostaria de chegar em um futuro?
M: Então, 16 anos é muita coisa, né? Confesso que nesses 16 anos eu não fui tão ativo como nos últimos, e deu para ver que esse meu esforço, que eu não tive em alguns momentos anteriores, valeu muito. Acredito que se tivesse tido todo esse esforço durante todos esses 16 anos, eu estaria muito longe mesmo, porém tudo é no tempo de Deus, Ele sabe de todas as coisas. O futuro também a Deus pertence, mas depende muito de nós, muito do esforço da gente e se depender do meu querer, daqui para frente nem o céu vai ser o limite! Penso que é isso, nem o céu é o limite para ninguém.
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Reportagem: Dora Giglio